Foto: Joyce Noronha (Diário)
Em 12 dias, a Petrobras aumentou em R$ 0,1154 o preço do litro da gasolina nas refinarias. O diesel também seguiu o fluxo de reajuste e subiu R$ 0,7690 no mesmo período, conforme a estatal.
Ontem, o Diário visitou 25 postos de combustível, os mesmos pesquisados em 9 de janeiro, e verificou que, apesar dos reajustes, a média da gasolina baixou de R$ 4,42 para R$ 4,36, nos últimos 14 dias, uma diferença de R$ 0,06. Mas, a boa notícia não deve durar muito. Segundo gerentes de postos ouvidos pela reportagem (leia abaixo), a chegada dos novos estoques após os aumentos deve aumentar o preço final para o consumidor.
O diesel subiu R$ 0,03 na média, passando de R$ 3,42 para R$ 3,45. O etanol teve uma pequena redução, de R$ 0,0222 nas usinas, e a média se mantém em R$ 3,97 na cidade, mesmo valor encontrado na última pesquisa.
Confira no quadro os preços praticados para gasolina comum, diesel comum e etanol, ontem, nos 25 postos visitados pela reportagem:
O QUE DIZEM OS GERENTES DE POSTOS
O gerente do posto Padoin, Flávio Roberto Berge, diz que, mesmo com o aumento anunciado pela Petrobras, o preço da tabela não deve subir, pelo menos, por mais esta semana. Ele explica que o estoque vai se manter por mais alguns dias e, por isso, será possível seguir com o preço ofertado, ontem, aos consumidores.
Para reajustar o valor, para mais ou para menos, o gerente diz que depende de quanto será o valor de venda por parte da distribuidora para o posto.
- O nosso estoque ainda está bom, e conseguiremos manter o preço até semana que vem. Depois da troca de estoque é que vamos analisar a situação da tabela de preços - diz Berge.
Para o gerente comercial da distribuidora de combustíveis Santa Lúcia, Claudio Tavares, a não revisão dos preços é perigosa, pois o posto passa a trabalhar com o que ele chama de "margem suicida". Tavares explica que reduzir a margem de arrecadação prejudica a revenda, que precisa quitar a folha de pagamento dos funcionários, as contas do estabelecimento, impostos e outros tributos.
O gerente comercial reforça que os postos se utilizam de outros serviços, como troca de óleo, lavagem e lojas de conveniência, para aumentar a arrecadação, mas afirma que estes, muitas vezes, não são suficientes para complementar os valores necessários para a manutenção do estabelecimento.
Ontem, quando a equipe do Diário visitava os postos, registrou o momento em que dois estabelecimentos renovavam os estoques, por meio de caminhões-tanque. Tavares ressalta que essas revendas, provavelmente, compraram os combustíveis com preço novo, o que deve resultar em mudanças nas tabelas a partir de hoje ou nos próximos dias.